sexta-feira, abril 20, 2007

Fantoche




Nas mãos de Deus embala meu destino
Nas mãos da vida enrola e tece
Faz de mim apedeuta em desatino
Numa dor que ilumina e escurece

Todo o EU num carme não relido
As palavras ao vento esboroadas
Fazendo de mim algo tão esquecido
Como espectros em noites de trovoadas

Em apogeu longe e distante
Todos aqueles seres que eu não sou
Fora do caminho deserto e errante
Dando os passos que eu nunca dou

Brincando como se fosse diversão
Com minha alma a minha vida
Num rumor de silêncio em vão
Não mais grito para ser ouvida

1 Comments:

Blogger Ookami said...

Um Deus morre quando a humanidade se esquece dele... E quanto ao destino, é como montar a cavalo: ou impomos a nossa vontade ou somos arrastados aonde o cavalo nos quer levar... :P

11:10 da tarde  

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